TRABALHOS REALIZADOS EM 2014
No ano de 2014 tivemos um número
reduzido de produções patrimoniais, cinco deles trabalhando o conceito de
patrimônio histórico (igrejas e casarões), um com o tema de História Local
(povoação), e um versando sobre tradições (reisado). Vejamos um pouco sobre cada um deles.
1.Igreja de São João Batista (Dom Basílio) – construída em 1880 por
Rodrigo Alves (filho de Timóteo Alves) e Rita Olímpio (filha de Major do
Maranhão e irmã de D. Basílio), teve apoio da comunidade local que vos ajudaram
na produção de adobe e buscando água para sua construção. Devotos de São João
Batista, construíram a capela para adoração da comunidade de curralinho, que
anteriormente celebravam novenas e missas na casa de Idalina de Amâncio
(atualmente casa de Cecília Joaninha). Essa tradição remonta ao início do
século XIX, quando os devotos dos primeiros moradores do lugar celebravam na
casa grande (D. Julinda) a tradição junina, enfeitando com coqueiros,
bananeiras e palhas.
2.Igreja de Nossa Senhora do Rosário (Alto do Rosário – D. Basílio)
– Manoel lima Siqueira, descendente de Portugueses, um dos primeiros habitantes
de Alto do Rosário. Era tropeiro, vindo da margem do São Francisco, onde fazia
compras de alimentos no sertão e revendia para os garimpeiros na Chapada
Diamantina na época das minas de diamante, e lá conheceu Maria Joaquina, pouco
tempo depois casou-se com ela, e continuou a morar em Alto do Rosário, onde
teve cinco filhos. Um deles, o Miguel Arcanjo Lima, ficou conhecido como Miguel
Casa Grande, Capitão do Arraial. Outro
personagem importante na comunidade foi Eduardo Lima, primo de Manoel Lima,
fundador da igreja.
3.História da Folia de Reis (Zona Rural de
Dom Basílio) – A Folia de Reis é um festejo de origem portuguesa ligado às
comemorações do culto católico do Natal, trazido para o Brasil ainda nos
primórdios da colonização. Na
comunidade de Alto do Rosário há dois Ternos de Reis – um de Joaquim da Chica e
outro de Raimundo Aprígio –, que visitam as casas na noite do dia 05 de janeiro
para simbolizar a visita ao Menino Jesus no seu local de nascimento
(Presépios). Seguido por várias pessoas, esses grupos começam sua caminhada na
Igreja, e logo em seguida saem em cortejo até as casas da praça, encerrando com
o amanhecer do dia seguinte. Na várzea grande o reis existiu era comandado por
mulheres (chica do Brás) que teve início em 1960, além do Reis de Raimundo
Martin. Em Última Várzea era o de joão Bedé; Em jatobá existe o reis comandado
por mulheres; Na poça de Osório o reis é cantado pelo grupo de José de
Agenor
4.Casa Grande da Cooperativa (DNOCS - Livramento) No tempo da escravidão,
a sede da cooperativa era uma casa antiga construída pelos seus antigos
moradores. No final dos anos 80, o Dnocs iria derrubá-la, mas os moradores da
região pediram para fazê-la a sede da cooperativa. Foi então estabelecida em
1989 como sede do próprio Dnocs, junto aos irrigantes do perímetro irrigado do
Rio Brumado, tendo como objetivo principal ajudá-los quanto às plantações de
feijão, arroz e milho, pois na época eram as atividades agrícolas de
subsistência dos agricultores.
5. Igreja de Nossa Senhora do Rosário (Alto do Rosário – D. Basílio) – A
primeira capela de Alto do Rosário, segundo antigos moradores ela foi
construída por meados de 1795, pelos portugueses que aqui chegaram na época. Um
deles foi, Manoel de Lima Ciriquira, que muito marcou a história da nossa
comunidade. Na época havia um casarão feito em estilo português em 1797,
chegando no pequeno arraial uma portuguesa, que trazia consigo a imagem de
nossa Senhora do Rosário. Da antiga casa
de oração hoje é possível encontrar apenas sua chave. Já no ano de 1879 com o
casarão estava em péssimas condições, José Eduardo de Lima, descendente de
portugueses, decidiu a construir a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, que hoje
é um dos símbolos históricos, mais belos de Alto do Rosário.
6.Igreja de Nossa Senhora Rosário (Jatobá- D. Basílio) – construída
e inaugurada pela família de Rogério e Ernesto Alves em 1901, teve sua
construção feitos artesanalmente pelos moradores locais, que confeccionaram
portas janelas e adobes. Até hoje ainda mantém suas características originais,
celebrando o novenário sempre no mês de outubro de cada ano.
7.História de Várzea do Engenho (D. Basílio) – Estima-se que a
ocupação do povoado tenha ocorrido por volta de 1810, quando o senhor Manoel de
Lima Siriqueira construiu benfeitorias no povoado, como a construção de um
engenho de cana-de-açúcar na várzea; posteriormente, seu filho Rodrigues Alves
Siriqueira promoveu o desenvolvimento demográfico do povoado, com a vinda de
novos moradores e a construção de uma escola, que teve como professor o senhor
Joaquim Modesto Bonfim. Por aquela época, a educação era reservada aos meninos,
já que as meninas eram educadas para o casamento. Na comunidade ainda possui um
engenho de farinha, que por muito tempo serviu para beneficiamento da mandioca
produzida na região.
Nota:
Dos trabalhos realizados, tivemos como vencedor o trabalho sobre a História de Várzea do Engenho, dos alunos Júlio César, Renata, Letícia e Tiago, o qual representou a escola na etapa regional (Direc 19).
Professor José Reinaldo
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