CONCEITO DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL
O Patrimônio Cultural pode ser definido como um bem (ou bens) de
natureza material e imaterial considerado importante para a identidade da
sociedade brasileira. Segundo artigo 216 da Constituição
Federal, configuram patrimônio "as
formas de expressão; os modos de criar; as criações científicas, artísticas e
tecnológicas; as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços
destinados às manifestações artístico-culturais; além de conjuntos urbanos e
sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico,
paleontológico, ecológico e científico." No Brasil, o Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) é responsável por promover
e coordenar o processo de preservação e valorização do Patrimônio Cultural
Brasileiro, em suas dimensões material e imaterial.
Os bens culturais imateriais estão
relacionados aos saberes, às habilidades, às crenças, às práticas, ao modo de
ser das pessoas. Desta forma podem ser considerados bens imateriais:
conhecimentos enraizados no cotidiano das comunidades; manifestações
literárias, musicais, plásticas, cênicas e lúdicas; rituais e festas que marcam
a vivência coletiva da religiosidade, do entretenimento e de outras práticas da
vida social; além de mercados, feiras, santuários, praças e demais espaços onde
se concentram e se reproduzem práticas culturais.
O patrimônio material é formado por
um conjunto de bens culturais classificados segundo sua natureza: arqueológico,
paisagístico e etnográfico; histórico; belas artes; e das artes aplicadas. Eles
estão divididos em bens imóveis – núcleos urbanos, sítios arqueológicos e
paisagísticos e bens individuais – e móveis – coleções arqueológicas, acervos
museológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos, videográficos,
fotográficos e cinematográficos.
Pensando
nessa perspectiva, a Secretaria de Educação do Estado entende que o patrimônio cultural possibilita o entendimento do tempo passado,
presente e futuro, isto é, dos homens, da nação e do mundo da vida, permitindo
uma definição ou escolhas das experiências significativas como os
acontecimentos culturais relevantes, os monumentos, os lugares (a escola, a
casa, o bairro, a praça, a rua, a cidade, o estado, o país, o universo), as
paisagens, os personagens, as artes, as canções, as danças. Eles devem se
constituir como parte de nossa memória, entendida como meio de pensar e viver a
vida presente. A educação patrimonial permite-nos o conhecimento de si, do
outro e do mundo, assim como a “valorização” do patrimônio histórico e artístico
e das manifestações culturais. Sendo assim, ele nos permite, ainda, entender os
problemas e as belezas de nossa sociedade, a nossa experiência cotidiana
individual e social.
Nos dois primeiros anos de realização do EPA em nossa escola, tivemos trabalhos no âmbito do patrimônio material (casarões, igrejas, cemitérios), imateriais (reisado, festas juninas, novenário, mitos) e naturais (lagoas, grutas, barragens, etc). Foram experiências bastante produtivas e que avivaram nos alunos a necessidade de valorização do patrimônio e tradições locais, como forma de manter viva a identidade cultural de nosso povo. Aos poucos, novos talentos vão se despontando e provando o quanto nosso povo é rico em manifestações culturais.
Professor José Reinaldo
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